Na dermatologia, podemos diagnosticar mais de sete mil manifestações cutâneas distintas. A biópsia de pele é realizada como auxiliar no diagnóstico de inúmeras patologias deste órgão. Ela é utilizada em lesões suspeitas de câncer de pele e para elucidação em doenças raras em que apenas a avaliação clínica e a dermatoscopia não são suficientes. Iniciamos com a anestesia local seguida da retirada cirúrgica de um pequeno fragmento da lesão. Após a remoção da peça, a encaminhamos para análise no laboratório. O médico patologista é o profissional que analisa este fragmento e nos fornece o laudo anatomopatológico diagnóstico. A biópsia de pele é amplamente realizada e, muitas vezes, irá complementar a avaliação dermatológica em consulta para obtermos o diagnóstico.
Muitas vezes, apresentamos sinais benignos de pele que não apresentam nenhum risco à saúde. Porém, eles podem causar desconforto, coceira, machucar pelo atrito ou ainda serem um incômodo estético para o paciente. Nesses casos, podemos realizar a remoção desses sinais no próprio consultório com anestesia local e, na maioria dos casos, não são necessários pontos, pois realizamos a eletrocauterização. A eletrocauterização é realizada através de um instrumento específico que libera uma corrente elétrica gerando calor e promovendo uma queimadura controlada para destruir e coagular o tecido alvo. A retirada de sinais benignos é um procedimento seguro e eficaz podendo o paciente realizar as suas atividades normalmente no mesmo dia.
A curetagem consiste na “raspagem” de uma lesão com um instrumento denominado cureta. Ela pode ser realizada em verrugas por HPV, molusco contagioso, dentre outras afecções.
A exérese de câncer de pele é um procedimento dermatológico fundamental para o tratamento eficaz de lesões cancerosas na pele. Este procedimento consiste na remoção cirúrgica da lesão cancerosa juntamente com uma margem de tecido saudável ao redor (margem de segurança), com o objetivo de eliminar completamente as células cancerosas e prevenir a recorrência da doença. Como Funciona: durante a exérese de câncer de pele, utilizamos técnicas cirúrgicas para remover a lesão cancerosa, garantindo ao mesmo tempo a preservação do máximo de tecido saudável. A exérese de câncer de pele é indicada para tratar vários tipos de câncer de pele, incluindo carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Este procedimento é crucial para remover completamente as células cancerosas da pele, evitar a disseminação do câncer para outras áreas do corpo e promovendo a cura da doença na maioria dos casos. Pós-Procedimento: após a exérese de câncer de pele, é comum experimentar algum desconforto, inchaço, vermelhidão e coceira na área tratada. Geralmente, são necessários pontos para fechar a incisão cirúrgica, os quais serão removidos após alguns dias. É fundamental evitar a exposição ao sol durante o período de cicatrização e realizar exames de acompanhamento regulares para monitorar a recorrência. A exérese de câncer de pele é um procedimento seguro e eficaz.
A infiltração de corticoide em cicatrizes é um procedimento dermatológico que visa melhorar a aparência e a textura das cicatrizes através da aplicação de uma solução contendo corticosteroides diretamente na área afetada da pele. Como Funciona: durante o procedimento, utilizamos uma agulha fina para injetar uma solução de corticoide diluída em anestésico diretamente na cicatriz. Os corticosteroides presentes na solução ajudam a reduzir a inflamação local, diminuindo assim a aparência da cicatriz. Além disso, os corticoides podem ajudar a suavizar a pele e reduzir a coceira associada a algumas cicatrizes. Para que Serve: a infiltração de corticoide em cicatrizes é frequentemente utilizada para tratar cicatrizes hipertróficas e queloides, que são cicatrizes elevadas e espessas que podem se formar após lesões na pele ou cirurgias. Este tratamento pode ajudar a reduzir o tamanho e a elevação das cicatrizes, melhorando assim sua aparência estética. Pós-Procedimento: após a infiltração de corticoide em cicatrizes, é comum experimentar vermelhidão, inchaço e sensibilidade na área tratada. Estes sintomas geralmente desaparecem dentro de alguns dias. É importante evitar se expor ao sol nos dias subsequentes a aplicação. Em alguns casos, são necessárias diversas aplicações para resultados satisfatórios.
Cistos de milium são pequenos pontos branco amarelados que se formam na pele geralmente da face. Resultam de acúmulos de queratina, células mortas e sujidades que ficam encapsulados na pele. Eles não são dolorosos nem contagiosos, porém podem trazer desconforto estético para os pacientes. Diferentemente dos cravos e das espinhas, apenas pomadas e medicamentos não conseguem remover os cistos de milium. Nesses casos, é necessária a remoção mecânica com um instrumento cirúrgico específico utilizado no consultório.
A criocirurgia é um procedimento dermatológico não invasivo que utiliza o frio extremo para tratar uma variedade de condições de pele. Durante o procedimento, um dispositivo especial é utilizado para aplicar nitrogênio líquido, resultando na destruição seletiva das células anormais ou lesões cutâneas. Como Funciona: durante a crioterapia, o frio extremo é aplicado diretamente na pele, levando à formação de cristais de gelo dentro das células-alvo. Esses cristais de gelo danificam as células, interrompendo sua função e levando à sua destruição. Este processo é eficaz para tratar lesões benignas, como verrugas, queratoses seborreicas e para tratamento lesões pré-cancerosas (ceratoses actínicas). Além disso, ela pode ser empregada para remover determinadas manchas de pele indesejadas e melhorar a aparência estética. Pós-Procedimento: Após a crioterapia, é comum experimentar vermelhidão, inchaço e formação de crostas na área tratada. Estes sintomas geralmente desaparecem dentro de uma a três semanas, dependendo da extensão do tratamento e da área tratada. Durante o período de recuperação, é importante evitar a exposição excessiva ao sol. A crioterapia é um procedimento seguro, eficaz, e muito utilizado para diversos tratamentos.
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