Dermatologia Clínica

Doenças de Pele

 

O câncer de pele é o tipo de câncer mais prevalente no mundo. Ele se desenvolve quando as células da pele sofrem mutações e crescem de forma descontrolada. Assim, muitas vezes, eles se manifestam como feridas de pele que não cicatrizam.

A grande maioria dos cânceres de pele tem como principais fatores de risco a história familiar e a exposição inadequada da pele ao sol. Existem diferentes tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Carcinoma Basocelular: O tipo mais comum e de menor gravidade, geralmente aparece em áreas expostas ao sol e é altamente tratável quando detectado precocemente. Muito raramente, ele pode ocasionar metástases.

Carcinoma Espinocelular: Também relacionado à exposição solar, é mais grave que o basocelular podendo ocasionar metástases quando em estágios avançados.

Melanoma: O mais perigoso dos cânceres de pele, pode se espalhar rapidamente para outros órgãos se não for diagnosticado e tratado a tempo.

Opções de Tratamento:

– Cirurgia: Remoção do tumor e de uma pequena margem de tecido saudável ao redor.

– Radioterapia: Utilizada em casos específicos para destruir as células cancerígenas.

– Terapia Fotodinâmica: Usa uma combinação de uma substância sensível à luz e luz especializada para destruir as células cancerígenas.

– Imunoterapia e Terapia Alvo: Terapias mais recentes que visam o sistema imunológico ou mutações específicas nas células cancerígenas.

A prevenção e o diagnóstico precoce são sempre a melhor forma de lidarmos com o câncer de pele.

Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados.

Evite a exposição excessiva ao sol, especialmente entre 10h e 16h.

Use roupas de proteção, como chapéus de abas largas e roupas de manga longa.

– Realize o exame preventivo anual da pele com o dermatologista onde é feita a dermatoscopia de toda a pele (da cabeça aos pés) além disso, se você perceber algum sinal diferente ou alguma ferida que não cicatriza há mais de 3 meses, procure avaliação o quanto antes.

As alergias e urticárias são manifestações na pele associadas à coceira e muito desconforto comprometendo as atividades do paciente e a sua qualidade de vida. Podem ser causadas por reações a alimentos, medicamentos, picadas de insetos, cosméticos, plantas, entre outros fatores. Esses gatilhos podem ser inofensivos para a maioria das pessoas, porém por uma desregulação do sistema imune dos pacientes com urticária e alergias, acaba ocorrendo uma reação exagerada na pele com liberação de citocinas que desencadeiam a coceira, vermelhidão e muitas vezes até inchaço. Hoje, contamos com diversos exames que nos auxiliam no diagnóstico destas patologias como o prick test, pacth test e exames de sangue. É de suma importância investigar as causas e iniciar o tratamento o quanto antes para trazer de volta o bem-estar ao paciente.

O Melasma é uma condição comum da pele, caracterizada por manchas escuras e irregulares que ocorrem principalmente na face. Essas manchas são resultado do aumento da produção de melanina, geralmente desencadeada por fatores como exposição solar, predisposição genética e alterações hormonais, como gravidez ou uso de contraceptivos. O Melasma pode ser tratado com uma combinação de medidas. A principal delas é a proteção solar. Além disso, dispomos de cremes clareadores com ativos como ácido glicólico, ácido tranexâmico, hidroquinona, ácido retinóico, arbutim, niacinamida, vitamina C, dentre outros. É importante ter em mente que o tratamento do melasma deve ser contínuo durante todo o ano. Mesmo no verão. A avaliação dermatológica periódica da pele deve ser realizada para indicarmos os ativos ideias para cada tipo de pele assim como para cada época do ano. Alguns procedimentos podem auxiliar no tratamento do melasma como: microagulhamento com drug delivery, peelings e tratamentos com lasers.

A acne é uma condição cutânea comum que ocorre quando os folículos pilosos da pele ficam obstruídos por sebo e células mortas associados à inflamação e ação bacteriana (P. acnes, C. acnes) local. Isso pode resultar em espinhas, cravos, pápulas, pústulas e até nódulos ou cistos. A acne pode ser influenciada por vários fatores, incluindo hormônios, genética, dieta, higiene da pele e cosméticos. Pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum durante a adolescência devido às mudanças hormonais. Além disso, existe uma condição chamada acne da mulher adulta em que a paciente desenvolve acne após a adolescência, sendo associada, principalmente, a alterações hormonais. Tratamentos incluem medicamentos tópicos com ativos de regulação sebácea e renovação celular como o ácido retinóico, ácido azelaico, adapaleno, ácido salicílico entre outros. Cremes com ação antimicrobiana como o peróxido de benzoíla e a clindamicina assim como cremes com ativos antiinflamatórios como a niacinamida e probióticos para a regulação das bactérias da pele. Em casos resistentes podemos associar medicamentos orais como antibióticos (Limeciclina, Doxiciclina, Azitromicina), Isotretínoina (Ruacutan) e ainda reguladores hormonais como a Espironolactona. Por último, sabemos que a alimentação rica em carboidratos refinados e proteína do leite está associada ao desenvolvimento da acne, assim como o stress e a pouca ingesta hídrica, sendo necessário reduzir ao máximo esses fatores nos hábitos de vida do paciente. O acompanhamento e avaliação dermatológica periódicos são essencial.

A rosácea é uma doença de pele que causa vermelhidão facial constante, aumento dos vasos sanguíneos que ficam mais visíveis e sintomas inflamatórios deixando a pele mais sensível. Muitas vezes, na rosácea, o paciente apresenta “bolinhas” avermelhadas que muito se assemelham e espinhas. A rosácea está associada a uma predisposição genética assim como fatores ambientais, sendo mais frequente em pessoas de pele clara e descendência europeia. Alguns fatores de piora são o stress, a exposição solar, frio intenso, ingestão de alimentos quentes ou apimentados e de bebidas alcoólicas. Além disso, a presença do parasita Demodex folliculorum na pele está associada à rosácea. O tratamento envolve cremes que tem ação nos fatores desencadeantes como a ivermectina tópica, hidratantes e ativos anti-inflamatórios, protetor solar e alterações de hábitos de vida. Em casos resistentes e graves, se faz necessário o uso de antibióticos em comprimidos e até da isotretinoína oral.

As dermatite ou eczema atópico é uma doença primária da pele que causa lesões ásperas, avermelhadas e que causam coceira intensa. Ela é causada por uma barreira cutânea que não funciona bem associada a uma desregulação do sistema imunológico. Esses fatores são genético-familiares e pioram com fatores ambientais. O tratamento envolve hidratação da pele associada a cuidados nas rotinas do banho, assim como o uso medicamentos específicos. Sabemos que o fator emocional influencia na atividade da doença, sendo importante abordar estratégias de controle. A dermatite atópica acomete crianças e adultos e interfere na qualidade de vida do paciente e na sua relação com o ambiente social, no laser e no trabalho, sendo muito importante tratar as lesões e acompanhar com o dermatologista.

As micoses são infecções causadas por fungos na pele ou no couro cabeludo ou ainda nas unhas. Existem diversos tipos de micoses sendo mais comuns nos pés, em áreas de flexura como axilas, virilhas e abaixo das mamas. Isso ocorre, pois esses locais acabam acumulando mais umidade e calor que favorecem a proliferação dos fungos. Sabemos que existem alguns fatores que favorecem as micoses como pacientes com diabetes e doenças que diminuem a imunidade. 

Além disso, alguns hábitos como ficar com o calçado fechado por muito tempo ou não secar bem a pele após o banho que podem favorecer. O tratamento envolve o uso de medicamentos que eliminam o fungo associado a mudanças de hábitos do dia a dia.
Pacientes que apresentam caspa ou dermatite seborreica do couro cabeludo possuem uma predisposição genética e acabam tendo sempre as lesões períodos de melhora e piora. A infecção por fungos está associada na formação da caspa. Desta forma, utilizamos shampoos com ação antifúngica associado a alguns cuidados como lavar os cabelos todos os dias pela manhã e evitar o abafamento com bonés, chapéus ou dormir com o cabelo molhado.

Já os fungos de unha, são infecções por espécies específicas de fungos que tem predisposição pela lâmina ungueal. O Trhichophytum rubrum é uma das espécies mais frequente, tendo preferência pelas unhas dos pés. O tratamento envolve primeiramente a descoberta de qual espécie de fungo está envolvida. Podemos realizar o exame micológico direto e cultural que nos auxilia no diagnóstico correto. O tratamento pode ser realizado com esmaltes antifúngicos, cremes e comprimidos orais. Porém é importante evitar os medicamentos orais em pacientes com doenças hepáticas e renais, pois elas podem ser agravadas com o uso dos comprimidos. Por fim, sabemos que nem sempre uma lesão na unha é causada por fungos. A psoríase, o trauma repetitivo, usos de alguns medicamentos e ainda doenças sistêmicas, podem alterar a forma e a cor das unhas. É sempre importante a avaliação do médico dermatologista.

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